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A História do Jeans.
















O Jeans foi inventado no final do seculo XIX para substituir a Lona usada por mineiros nos Estados Unidos. Um tecido duravel e mais flexivel que se tornou a principal vestimenta dos trabalhadores de minas.

Ao perceberem sua usuabilidade e conforto foi divulgado no cinema, o ator Marlon Brando deu o start para que esse tecido se tornasse o mais usado no mundo.

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1990


















Na década de 1990, acontecem grandes mudanças a medida que o século XXI se aproximava. Pela primeira vez na história do mundo, assiste-se pela televisão o detonar de uma guerra: A Guerra do Golfo. No campo da moda chega-se a era da indústria têxtil high-tech (alta-tecnologia).

A indumentária ocidental caracteriza-se pelo uso de várias tendências, que convivem com os lançamentos da moda retrô, que resgata modelos das décadas passadas. As roupas são simples e a sensualidade é realçada.

Dos E.U.A para o mundo espalhou-se outra moda. Agora não são as atrizes, mas sim as estrelas da música, como Madonna, que inspiram as novas tendências. A dance music fez nascer grandes variedades de roupas fáceis de usar, que iam de tops e bustiês até vestimentas bem folgadas. Sob influência da TV, os jovens passam a copiar roupas dos ídolos do funk e do rap, como bonés e cordões dourados.

A moda foi, sobretudo, prática, versátil e colorida. Largura, tecidos e silhuetas variaram. Jardineiras e o vestido-avental conviveram com os tubinhos, as fuseaux e parkas, jeans com blusa “segunda pele” ou tops. A calça jeans, baggy e semi-baggy, o jeans colorido, jaqueta jeans, etc, eram usadas com t-shirts, baby-look ou bodies.

No traje masculino o terno continuou a ser usado, mas sem alterações radicais. Era símbolo da diplomacia e civilidade. Apesar dos homens terem aderido ao visual esportivo e descontraído, o terno continuava sendo a indumentária masculina oficial

Na moda descontraída, houve quem estivesse no estilo destroy (destruidor), com camisetas rasgadas, panos coloridos na cabeça e bermudas jeans coloridas. As camisas esportes de tecido, xadrez emplacaram, assim como cintos trançados em couro. Para os pés predominaram os mocassins em tom vinho bem brilhantes.

Com o aparecimento do silk-screen virou veículo portador de idéias e atravessou a década com força total, ostentando estampas, slogans e nomes ou símbolos de grifes.

Entre os jovens, estavam na moda o estilo grunge, com camisas de tecido xadrez, bermudões largos abaixo dos joelhos, botas e gorros ou bonés, inspirados nos grupos de rock, como o Nirvana.

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1980


Nos anos 80, a moda torna-se exagerada e cheia de contrastes. As roupas podiam ser largas ou justas, em tons pastel ou néon, curtas ou longas, sexy ou comportadas, sofisticadas ou inocentes. O corpo é modelado pelas academias de ginástica e os músculos ficam a mostra.

Influenciada por este novo comportamento agressivo dos jovens, a moda abandona a sua grande conquista da década anterior: o culto as pernas.

O mundo inteiro adota o jeito “americano” de ser.

Ambivalência é a palavra correspondente a sexualidade moderna.

O estilo yuppie (jovens engajados no sistema capitalista, preocupados em ganhar dinheiro e status social) se instala, com roupas mais luxuosas e certinhas. Os cabelos são curtos e as roupas sóbrias. Ostentam etiquetas, usam camisas e acessórios caros e sofisticados, gravatas coloridas e tênis importados.

A tecnologia avança. Difundem-se os computadores, CDs, videocassetes e outras inovações.

A década de 80 se caracterizou pela febre dos shoppings, onde se instalaram lojas, muitas delas dedicadas ao jovens, com roupas esportivas pra surfar e para andar de skate. Lojas de departamentos também fazem parte da história da moda do período.

Os japoneses adotaram uma política diferente, usando Paris como trampolim para conquistar o mercado internacional. Tóquio acabou se tornando um centro exportador de moda e suas criações começaram a ser recebidas na Europa. Além dos estilistas como Issey Miyake, Kenzo e Rei Kawakubo, que se fixaram em Paris, usando mão de obra francesa, outros costureiros japoneses como Yoji Yamamoto continuaram a ter o Japão como residência e local e trabalho. Mas desde 1970 eles participam dos desfiles parisienses.

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1970


Look Moda Retrô e Desfile da estilista Karen Fuke para a marca Triton na SPFW 2009

A década começa com sabor de ressaca dos anos 60 mas sob total influência da Cultura Hippie. A arte psicodélica ainda era a única capaz de traduzir com precisão o delírio dos sonhos imaginários que eram reproduzidos nas roupas e calçados dos jovens.

A moda dos anos 70 era extraordinariamente diversificada, sendo impossível resumir todas as suas características.

A sociedade continuava exigindo roupas mais práticas, mas deixando de lado a intenção de chocar através da aparência desleixada.

Parte da nova juventude nega as roupas produzidas em massa e busca o retrô look, fazendo o gênero kitsh (mau gosto, mistura). Outros jovens ainda vão se vestir de maneira anárquica, como os punks.

O estilo punk, que exprimia violência e contestação, numa época de desemprego, influenciou também o mundo da música, surgindo vários conjuntos.

O corpo é novamente delineado, ora por roupas de malha, ora por trajes cortados de forma a definir bem a silhueta. Os quadris passam a ser a parte mais sensual do corpo.

As idéias fervilhavam mas eram consumidas com rapidez e a ansiedade de quem já tinha consciência que o sonho havia acabado. As saias subiam e desciam. Os novos valores eram o conforto e praticidade. Os alimentos e dietas saudáveis entraram em moda junto com os tecidos rústicos, saias midi e maxí usadas com botas de cano longo.

As mulheres usavam trajes com aparência masculina com um ar mais sério. Usavam roupas até com coletes e suspensórios.

Despontava um novo ideal: a Feminilidade. O individualismo deixava de ser uma proposta para se tornar realidade e a forma física era uma verdadeira obsessão. A silhueta da nova mulher acabava de ser desenhada nas academias de ginástica. Houve o boom do sportswear, com tal vigor que mobilizaria totalmente os primeiros anos da década seguinte. Na moda esportiva, ganham força malhas e moletons.

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1960

Os jovens sempre foram rebeldes. Mas a rebelião dos anos 60 começava com mais substância e energia renovadora que provocava alarde. A mídia, com suas revistas, TV e fotos coloridas descobre os novos comportamentos e os divulga ao ponto destes influenciarem a vida, usos, costumes e moda dos adultos. Tudo parecia possível e o espírito de aventura se impunha. Além do que, o mundo passava por uma época de progresso econômico. A elitista Alta-Costura parisiense dava sinais de enfraquecimento. Seus modelos eram facilmente copiados pelas indústrias de confecção que as massificava. Mas esta solução, o estilo “chic” massificado pela cópia, já não satisfazia os novos consumidores, nem mais se adaptava a nova mentalidade. Muito naturalmente então, uma nova geração de estilistas (e não mais costureiros) aparece criando uma moda de rua e para a rua. A nova raça de estilistas criadores da moda “boutique” era influenciada pela moda usada nas ruas de Londres.

Em Londres, Mary Quant democratizou a mini-saia oferecendo em suas lojas uma moda engraçada e inovadora. O sucesso foi imediato e devastador. Em 1962 o look desestruturado e curto de Quant detonou um fenômeno nunca antes observado: Influenciou a Alta-Costura.

Esta moda de inspiração jovem veio ao encontro de um interesse da sociedade da época pela ciência e tecnologia, pelas viagens espaciais, e o fascínio pelos novos materiais sintéticos. O plástico, o vinyl e o metal, antes restrito ao uso industrial foram tratados como materiais nobres nas criações de Alta Costura por Courrèges, Paco Rabanne e Cardin. O espírito “tecnológico” dominaria em toda a primeira metade da década de 60.

No final da década as esperanças globais se frustraram e as desilusões chegaram. Era o começo do recesso mundial. Cresce um movimento que se afastou do futurismo e do modernismo pra voltar-se para o passado e culturas do oriente.

A contestação, as viagens, o romantismo de outros lugares e todos os folclores servem pra revitalizar a estética do cotidiano.

Assim surgia os hippies, que rejeitavam o estilo de vida de seus pais. Buscavam uma vida simples, perto da natureza, sob o lema “Paz e Amor”, aceleram a tendência para a introspecção de uma era que estava a procura de uma sociedade “alternativa”. Usavam roupas de países e períodos diferentes e cabelos longos.

As criações futuristas e excêntricas, na verdade foram usadas por um público limitado. Muitos jovens adotaram roupas étnicas como túnicas indianas e casacos do Afeganistão de pele de carneiro.

Os estilos dos trajes dos anos 60 trouxeram maior liberdade de movimento às mulheres. As roupas eram menos acinturadas, mais soltas e retas.

As mulheres adotam roupas de estilo masculino. E os homens? Os fabricantes compreenderam que tinham que oferecer outras alternativas além da calça, paletó, camisa e gravata. Os jovens passam a usar lenço no pescoço ou camisa de gola roulé.

No meio da década de 60, a moda assumiu três direções. No primeiro o estilo era simples, adulto, mas juvenil (linhas sóbrias com bijus arrojadas). A segunda tinha um aspecto mais inocente, era o baby doll, onde usava-se saias curtas, rendas e franzidos, olhos com cílios postiços, lábios pálidos e face rosada. Os sapatos eram estilo boneca, usado com meias claras rendadas. O terceiro grupo era excêntrico, porém centralizado política e culturalmente. Seu estilo era influenciado pela Op Art (circulo, espirais, dispostos a criar ilusão óptica) e pelo Pop Art (arte que usava objetos de consumo ou figuras famosas), usava-se estampas geométricas e psicodélicas (cores vivas).

Em 1968, imperava os brechós, com roupas usadas, uniformes militares e trajes típicos de outros países como Índia e México.

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1950


New Look


A alta-costura desfrutou de seu apogeu e começou a amargar sua queda, ainda não como influencia, mas sim enquanto consumo.

Luxo, elegância e modernidade para os materiais e muito brilho, estas eram as palavras chaves da moda dos anos 50.

A nostalgia também afetou o traje masculino. As calças e ternos ficaram mais justos e compridos. A moda masculina era inspirada no inicio do século XX, mas não foi bem aceito. As gravatas estavam em alta na Europa, com belos modelos de seda, com padronagem miúda.

Depois do baby-boom (nascimento de muitos bebês em decorrência da volta dos homens da guerra), a americana tornou-se mais caseira. Elas quase não freqüentavam bailes e festas. A maioria usava o estilo New Look durante o dia com luvas e chapéu. A americana adotou uma linha mais casual neste período e os vestidos coquetel, os famosos “pretinhos” eram a peça que mais durava no seu guarda-roupa. Os sapatos das americanas tinham salto alto e bico arredondado.

Shorts e calças eram usados em eventos descontraídos. A televisão influenciou muito a moda americana, era comum as mulheres copiarem atrizes e cantoras como Doris Day e Elizabeth Taylor.

Os jovens vislumbravam uma realidade e roupas diferentes de seus pais.

A jovem independência financeira lança vários estilos e cria necessidades. Tecnologia a serviço do bem estar: naylon, banlon, orlon, que são fáceis de lavar, secar e dispensam o ferro.

Surge o prêt-à-porter (pronto para usar) nos Estados Unidos e europeus copiam. Assim, a moda deixa de ser ditada somente pela alta-costura.

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1940

Nos primeiros cinco anos desta década, os uniformes militares roubaram a cena da moda. Pede-se sobriedade.

As mulheres usavam roupas com ombros quadrados, retos, de corte masculino, parecido com uma farda.

A imagem da mulher dos anos 40 é totalmente ligada a acessórios artesanais.

Dia 7 de maio de 1945, marca o fim da Guerra. O mundo inteiro comemora. As mulheres clamam por um novo visual. Os costureiros aprovam e começa o movimento para o refortalecimento da indústria da moda. Paris volta a ser a “Capital da Moda”.

O New Look, criado em 48, por Christian Dior, devolvia a feminilidade perdida às mulheres e trocava a moda-farda por cinturinha de vespa e saias fartas, essa moda se baseava, em parte, na moda de 1860.

Da mesma forma que durante os anos 30 a resposta hollywoodiana à depressão foi o glamour e o luxo das mega-stars, os anos 40 foram também recheados de estrelas carismáticas como Joan Crawford, Ingrid Berman, Bette Davis e Lauren Bacall. Estas por sua vez dividiram seu “reinado” com fenômenos cantantes e dançantes como Ginger Rogers. A guerra gerou produções para esquecer as tragédias acontecidas e a palavra de ordem era dançar!

A década de 40 acabou sendo uma das mais produtivas em termos de criação no século XIX.

A improvisação no sentido de urgência no viver a vida, sob a constante ameaça, liberaram a imaginação.

Imagem: Joan Crawford

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1930


No início da década de 30 a festa acabou. Existe um novo momento histórico: em termos econômicos, a depressão econômica da América com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, e em termos políticos, a ascensão de Hitler ao poder, na Alemanha.

O laisser-faire dos anos 20 é substituído pelo laisser-rever, embalado pelos musicais de Hollywood, que funcionava como válvula de escape para uma população que sofria os efeitos da recessão econômica.

Nos últimos anos, os vestidos de rendas, frous-frous ou detalhes delicados cedem lugar ao tailleur, que se transforma na grande moda. O estilo feminino se aproxima das tendências masculinas. Ombros largos e quadris estreitos pareciam ser o ideal de toda mulher. Nesta década, em especial, as atrizes do cinema ditavam moda.

Em 1939 Adolf Hitler invade a Polônia e tem início a Segunda Guerra. Neste mesmo ano, nada variava mais do que a silhueta feminina.Neste momento as mulheres se vestem com quase nada de ornamentos. Talvez, se a paz tivesse sido preservada, as mulheres novamente confinassem suas cinturas em uma armação rígida.

Muitos materiais sumiram do mercado e foi preciso fazer uso da criatividade para substituí-los. Surgiram por exemplo, saltos de madeira e cortiça. Usavam-se sapatos de feltro e outros tecidos e sandálias com tiras de pano ou até crochê de ráfia.

Imagem:
Marlene Dietrich

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1920



Após o fim da 1° Guerra, os criadores de moda compreenderam que tinham que se ajustar a um mundo novo. Dois fatores determinaram a moda pós-guerra: A primeira foi conhecida na França como os “Anos Loucos”.


O segundo fator da moda pós-guerra era de que as mulheres haviam se emancipado. Surgiu com isso o estilo andrógino ou conhecido como “a la garçonne” (moças com estilo independente), que incorporava elementos masculinos. As mulheres abandonaram as “futilidades” e queriam fumar, dirigir e usar cabelos curtos.

A grande revolução da década ocorre em 1925, quando os trajes femininos encurtam indo até pouco abaixo dos joelhos. A moda torna-se mais funcional.

As vedetes da moda em Paris eram Jean Patou, Coco Chanel e Madeleine Vionnet.
Nos “anos loucos”, a moda masculina evoluiu bastante. Para as grandes ocasiões os homens substituíram o fraque pelo smoking preto e gravatas-borboleta.

Imagem: Desfile Chanel 2009

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1900 - 1914


No período de 1900 a 1914 é conhecido, na França, como “Belle Époque” (Bela Época) e se caracterizava pelo viver bem, pela ostentação, o luxo e a extravagância da classe alta. Na Belle Époque costureiros famosos determinavam uma moda clássica, severa para homens, sinuosa e pesada para as mulheres.

A alta-costura contribuiu para a ostentação da riqueza de aristocratas e burgueses. Nobres, a classe média alta, atrizes e cortesãs, mulheres sustentadas por homens ricos. As mulheres eram quem mais frequentavam os ateliês de alta costura. O progresso e a euforia manifestavam-se em exposições, congressos e teatros.

No fim do século XIX, já surgia na Inglaterra, um movimento estético conhecido como Liberty. Mas este estilo se tornou popularmente conhecido como Art Nouveau. Se expressou principalmente na arquitetura, decoração e móveis, mas também influenciou na criação de jóias, enfeites, tecidos e objetos de cerâmica, vidro, bronze e prata. Fez-se presente também nas artes gráficas e na moda. Caracteriza-se por linhas curvas graciosas e exageradas, inspiradas na natureza e na arte oriental possuindo traços alongados e desenhos de flores.

A linha em “S” da silhueta feminina da Europa, dava ênfase às curvas, como a art nouveau, o busto era realçado e os quadris eram arqueados. É uma silhueta antinatural.

As roupas eram bordados com motivos em arabescos e usava-se cetim, musseline e rendas. A saia tinha formato de sino, ou tulipa, e se abria na altura das coxas para baixo, cobrindo os pés da moça. O corpete era ajustado e o bolero era muito usado.

Com o início da I Guerra Mundial (1914 – 1918) na Europa, as mulheres foram recrutadas para trabalhar em diversos setores, e as de classe mais baixa, foram trabalhar em fábricas. As de classe média e alta também foram convocadas a ajudar em enfermarias, orfanatos e outros setores. A renda da família diminuiu drasticamente, e houve um escassez de matérias-primas e suprimentos.

Portanto, havia inúmeras razões para que a mulher mudasse seu modo de vestir e viver.

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Crinolina



As crinolinas eram armações usadas sob as saias para lhes conferir volume, sem a necessidade do uso de inúmeras anáguas. Foram utilizadas de 1852 a 1870. Podem ser vistas em vários filmes de época como “O Piano”, “Mauá – O imperador e o Rei”, “E o Vento Levou”, “O Rei e eu”.

A evolução da crinolina são as anquinhas ou “tournures”, de 1885. Seu uso começou logo após a Guerra Franco – Prussiana. Elas armavam apenas as partes traseiras das saias e vestidos sendo utilizadas até o final da década de 1880.

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Era vitoriana (1837-1901)


Este período tem este nome em homenagem a rainha Vitória, monarca da Inglaterra durante estes anos. Entre as tendências mais marcantes desta época, é a moda repleta de volumes, forma balão, mangas fofas, muitos babados, rendas e gola alta.

O início do período vitoriano é marcado pelo extremo recato das mulheres, que tinham seus movimentos restritos pelas pesadas vestes, mangas coladas e a crinolina, cheganda a pesar quinze quilos de roupas. A aparência das damas era de vulnerabilidade, as roupas eram desenhadas para fazerem as mulheres parecerem fracas e impotentes. As cores eram claras. O espartilho, que fazia mal à coluna e a deformavam, inclusive os órgãos internos, impedia as de respirar normalmente. Além de elegante, o espartilho era considerado uma necessidade médica à constituição feminina, usado, inclusive, em versões juvenis a partir dos três ou quatro anos.

Os cabelos eram cacheados, e o ideal de beleza exigia das mulheres uma constituição pequena e esguia, olhos grandes e escuros, boca pequenina e ombros caídos. A mulher deveria ser algo entre as crianças e os anjos: frágeis, tímidas, inocentes e sensíveis. A fraqueza e a inanidade eram consideradas qualidades desejáveis em uma mulher, era elegante ser pálida e desmaiar facilmente. O vigor era considerado vulgar, sendo reservada para as criadas.

O reinado da rainha Vitória é marcado pela instalação moral e puritanismo, ela era uma figura solene. Em 1840 ela casa-se com Albert, e este torna-se o Príncipe Consorte. Em 1861 morre o príncipe Albert. A rainha Vitória permanece em luto até o fim de sua vida, em 1902. A morte do príncipe marca o início da segunda fase da era vitoriana. As roupas e as mulheres começam a mudar, os decotes sobem e as cores escurecem. A moda vitoriana do luto extremo e elaborado vestiu de preto britânicos e americanos por bastante tempo e contribuiu para tornar esta cor mais aceita e digna para as mulheres. Mesmo as crianças usavam o preto por um ano após a morte de um parente próximo. Uma viúva mantinha o luto por dois anos, podendo optar – como a rainha Vitória – por usá-lo permanentemente.

Imagem:
Madame Moitessier. 1856, Jean-Auguste-Dominique Ingres

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Uniformes



Uniforme, segundo o dicionário significa: vestuário padronizado e distintivo usados pelos membros de uma categoria. Há quem goste de usá-los e quem não goste. Os que defendem o uso dizem que os uniformes evitam a distinção de classes e o uso de diferentes roupas todos os dias, os que são contra sentem-se incomodados pelo fato de se parecerem iguais a todos.


Os primeiros uniformes que surgiram, foram os militares. Nascidos na Boêmia (na atual República Tcheca) durante a Guerra dos Trinta Anos (1618 – 1648), foram concebidos não apenas para facilitar a identificação dos combatentes, mas para tornar a luta mais fácil e impressionar os oponentes. Durante as Guerras Napoleônicas – no início do século XIX - apareceram novas combinações de peças, cores e acessórios. Cem anos depois, a Primeira Guerra Mundial incorporou as casacas e a camuflagem aos uniformes. Mais do que assustar, a ordem era se tornar invisível para o inimigo.

Na área dos uniformes escolares...Quem já não viu em fotografias antigas os uniformes escolares de antigamente? Boinas, saias plissadas, calças sociais e gravatas eram itens obrigatórios. Em meados do século passado, esses trajes tinham o nome genérico de “roupa de crescimento”: as peças eram tão resistentes que bastava a mãe deixar uma barra bem comprida no avesso e ir soltando conforme as crianças cresciam. A partir dos anos 80, a maioria das calças sociais e saias deu lugar a uniformes inspirados nos agasalhos esportivos, com direito até mesmo às listas da marca Adidas.

Já nos uniformes corporativos. Mais do que vestir os funcionários com roupas confortáveis e seguras, as empresas viram a possibilidade de associar os uniformes a própria identidade desta. Os uniformes empresariais valorizam a empresa e o funcionário e os diferenciam.

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Produção em massa de roupas

Foi durante o período entre 1898 e 1910, que a indústria do vestuário feito em massa começou. Tanto na Inglaterra como na América com a expansão das fábricas de confecção. Mas com isso também surgiu a exploração do trabalho feminino e de crianças e a criação de roupas mais funcionais para trabalhar nessas fábricas.

Nos Estados Unidos havia um grande campo para roupas feitas em massa. As grandes distâncias geraram a possibilidade de se produzir e vender roupas em grande quantidade. Com modelos e tamanhos diferentes para serem distribuídos para diferentes centros.

Nas décadas de 20 e 30 houve uma grande evolução na indústria de roupas, onde conseguiram criar um padrão de medidas para roupas masculinas para serem produzidas nas fábricas em grandes quantidades.

Durante a década de 50, com o fim do período das guerras mundiais, houve uma melhoria nas condições de vida e com isso, o crescimento de uma sociedade consumidora. Outro fator que contribuiu enormemente para o desenvolvimento da industrialização de roupas foi o surgimento do mercado voltado aos jovens.

Na metade da década de 60, quase metade das roupas industrializadas era destinada à faixa etária de 15 a 19 anos de idade. Esta mudança nos hábitos de consumo da juventude foi um fenômeno na área da moda.

O crescimento do mercado consumidor de moda criou um modelo padrão de elegância a nível global. Estas mudanças exigiram reformulações nas estruturas de trabalho e aprimoramento de maquinários nas fábricas.

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Séc XIX


O século XIX apresenta mudanças dramáticas na veste feminina e passa por fases como o romantismo até a influência do Art Nouveau na silhueta feminina.

Enquanto o homem apresenta sobriedade, a mulher apresenta em suas vestes o status social do meio em que vive e o poder econômico de sua família.

O começo do século é influenciado pelo estilo romântico que leva a um novo comportamento e as vestes se modificam, o uso de corset e de saias mais curtas se tornam presentes no cotidiano feminino.

A roupa e o estilo do individuo segue a lógica da tradição de status.

A partir de 1830, novas regras são estabelecidas para a vida pública e privada. O começo da era vitoriana apresenta o contraste de cobrir o corpo com roupas escuras e apertadas – o que buscava reprimir e negar a sexualidade, enquanto na vida privada a mulher se vestia com amplas camisolas confortáveis que permitiam a liberdade do corpo.

Em 1854 a moda é influenciada pela abertura comercial do Japão, e a sociedade começa a querer coisas novas, a influências de gravuras japonesas e do Kimono influencia a capital da moda, Paris, que passa a se apegar ao frívolo.

A roupa masculina se compõe de terno e gravata em cores sóbrias. O destaque da época é para o uso da criolina (arcos flexíveis de aço que podiam ser presos na cintura ou costurado na anágua), o corpo da mulher se torna vitrine das transformações tecnológicas industriais que emergiam na época.

O uso da criolina mostra a extravagância e a revolução, as roupas de ambos os sexos são claramente diferenciadas.

Com a invenção da máquina de costura e as tintas a base de anilina, os anos de 1870 passa a ser marcado pelo contraste e o visual era pomposo, o efeito da vestimenta era parecido com o de uma colcha de retalho. Dez anos mais tarde o cenário se modifica, o saudável e o esportivo começam a ser apreciados, a vestimenta então começa a ser pensada para a prática de esportes, o bem estar se torna elemento da moda e a influência na moda vem dos uniformes militares, estes então são as primeiras vestimentas a serem produzidas em massa.

No final do século, o orgânico torna-se elemento característico da moda, precedendo a Belle Époque. O final do século XIX é marcado pela silhueta orgânica devido à influência do Art Nouveau, a partir de então o começo do séc XX é marcado pelo pensamento tecnológico e a primeira guerra mundial modifica valores e pensamentos, que influenciam todo o século e cria uma nova cultura.

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Sobre a Moda

A moda e sua historia estão fortemente ligada à sociedade e a psique da mente humana.


O corpo, a vitrine do mundo da moda, é o que denota a cultura, o momento vivido e os valores de uma época.

Um movimento cíclico que influencia comportamento, cultura e gera desejo de consumo. Moda e comportamento ambos se influenciam, enquanto a primeira é tratada como produto, o segundo tem relação com a psique humana. As criações de moda sempre enfatizarão o imaginário, o grotesco, o individual e consequentemente os movimentos de identidade.

Um processo de transformação constante de negação e intensificação.
O indivíduo segue tendências e marca a adesão a um meio, a um grupo. A moda tem o poder de completar as carências do individuo, a overdose de informações, a divisão. O excesso inclui e exclui as pessoas em relação a grupos e alimenta as possibilidades de associação ou não através do consumo.

A indumentária passa por grandes períodos desde o desenvolvimento industrial, ascensão do capitalismo e quebra de antigos valores.
O grande momento da moda é a revolução industrial que modifica o comportamento, valores e cotidiano do indivíduo.

O século XIX foi marcado por grandes acontecimentos e varias fases. Desde o uso da criolina até o desenvolvimento de uniformes. Há um avanço na pigmentação de tecidos, os pensamentos das pessoas mudam e a forma de se pensar em moda também.
O momento sócio-histórico que antecede o século XIX é marcado por imigrações, êxodos e principalmente pela consolidação da moda como prazer estético e elemento da individualização das aparências. A ostentação e o luxo mostravam o status do ser e sua imagem pública. A burguesia imitava a classe aristocrática do séc XVIII e no final deste século, outro comportamento surge e a ostentação do luxo passa a ter uma conotação negativa, visuais extravagantes e maneirismos comportamentais são condenados, o traje masculino então segue a sobriedade e a espetacularização do visual se torna elemento das vestes femininas.

O século XIX desumaniza o homem, pois este passa ser associado ao seu trabalho, o corpo do homem e a projeção de suas vestes passam a ser extensão do ofício que este exerce.

O capitalismo industrial faz com que o consumismo de produtos com características psicológicas humanas tornem o ser diferenciado.
Nesse período, diferente do século anterior, onde a ostentação e o luxo revelavam a origem do individuo, o séc XIX é marcado pela personalidade. A subjetividade é revelada na imagem e na roupa, a busca é pela auto-satisfação.

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