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Sobre a Moda

A moda e sua historia estão fortemente ligada à sociedade e a psique da mente humana.


O corpo, a vitrine do mundo da moda, é o que denota a cultura, o momento vivido e os valores de uma época.

Um movimento cíclico que influencia comportamento, cultura e gera desejo de consumo. Moda e comportamento ambos se influenciam, enquanto a primeira é tratada como produto, o segundo tem relação com a psique humana. As criações de moda sempre enfatizarão o imaginário, o grotesco, o individual e consequentemente os movimentos de identidade.

Um processo de transformação constante de negação e intensificação.
O indivíduo segue tendências e marca a adesão a um meio, a um grupo. A moda tem o poder de completar as carências do individuo, a overdose de informações, a divisão. O excesso inclui e exclui as pessoas em relação a grupos e alimenta as possibilidades de associação ou não através do consumo.

A indumentária passa por grandes períodos desde o desenvolvimento industrial, ascensão do capitalismo e quebra de antigos valores.
O grande momento da moda é a revolução industrial que modifica o comportamento, valores e cotidiano do indivíduo.

O século XIX foi marcado por grandes acontecimentos e varias fases. Desde o uso da criolina até o desenvolvimento de uniformes. Há um avanço na pigmentação de tecidos, os pensamentos das pessoas mudam e a forma de se pensar em moda também.
O momento sócio-histórico que antecede o século XIX é marcado por imigrações, êxodos e principalmente pela consolidação da moda como prazer estético e elemento da individualização das aparências. A ostentação e o luxo mostravam o status do ser e sua imagem pública. A burguesia imitava a classe aristocrática do séc XVIII e no final deste século, outro comportamento surge e a ostentação do luxo passa a ter uma conotação negativa, visuais extravagantes e maneirismos comportamentais são condenados, o traje masculino então segue a sobriedade e a espetacularização do visual se torna elemento das vestes femininas.

O século XIX desumaniza o homem, pois este passa ser associado ao seu trabalho, o corpo do homem e a projeção de suas vestes passam a ser extensão do ofício que este exerce.

O capitalismo industrial faz com que o consumismo de produtos com características psicológicas humanas tornem o ser diferenciado.
Nesse período, diferente do século anterior, onde a ostentação e o luxo revelavam a origem do individuo, o séc XIX é marcado pela personalidade. A subjetividade é revelada na imagem e na roupa, a busca é pela auto-satisfação.

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