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Era vitoriana (1837-1901)


Este período tem este nome em homenagem a rainha Vitória, monarca da Inglaterra durante estes anos. Entre as tendências mais marcantes desta época, é a moda repleta de volumes, forma balão, mangas fofas, muitos babados, rendas e gola alta.

O início do período vitoriano é marcado pelo extremo recato das mulheres, que tinham seus movimentos restritos pelas pesadas vestes, mangas coladas e a crinolina, cheganda a pesar quinze quilos de roupas. A aparência das damas era de vulnerabilidade, as roupas eram desenhadas para fazerem as mulheres parecerem fracas e impotentes. As cores eram claras. O espartilho, que fazia mal à coluna e a deformavam, inclusive os órgãos internos, impedia as de respirar normalmente. Além de elegante, o espartilho era considerado uma necessidade médica à constituição feminina, usado, inclusive, em versões juvenis a partir dos três ou quatro anos.

Os cabelos eram cacheados, e o ideal de beleza exigia das mulheres uma constituição pequena e esguia, olhos grandes e escuros, boca pequenina e ombros caídos. A mulher deveria ser algo entre as crianças e os anjos: frágeis, tímidas, inocentes e sensíveis. A fraqueza e a inanidade eram consideradas qualidades desejáveis em uma mulher, era elegante ser pálida e desmaiar facilmente. O vigor era considerado vulgar, sendo reservada para as criadas.

O reinado da rainha Vitória é marcado pela instalação moral e puritanismo, ela era uma figura solene. Em 1840 ela casa-se com Albert, e este torna-se o Príncipe Consorte. Em 1861 morre o príncipe Albert. A rainha Vitória permanece em luto até o fim de sua vida, em 1902. A morte do príncipe marca o início da segunda fase da era vitoriana. As roupas e as mulheres começam a mudar, os decotes sobem e as cores escurecem. A moda vitoriana do luto extremo e elaborado vestiu de preto britânicos e americanos por bastante tempo e contribuiu para tornar esta cor mais aceita e digna para as mulheres. Mesmo as crianças usavam o preto por um ano após a morte de um parente próximo. Uma viúva mantinha o luto por dois anos, podendo optar – como a rainha Vitória – por usá-lo permanentemente.

Imagem:
Madame Moitessier. 1856, Jean-Auguste-Dominique Ingres

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